Sofia em grego significa saber, ciência, sagacidade e habilidade. E nós convivemos e conhecemos a Sofia sábia e sagaz que, com amor, colhe a areia de nossas praias com suas habeis mãos e mistura as minúsculas partículas a pigmentos, obtendo assim lindas colorações e texturas. A Sofia pintora veterana, observadora sensível, que capta com sensibilidade tipos característicos, paisagens únicas e tão nossas.
E o que é arte senão sensibilidade e paixão, e seu exercício um ato de fé no criador, uma elevação do ser humano que, pelo belo no seu sentido mais puro, ousa chegar mais perto de Deus.
Sofia Dyminski foi uma artista polonesa que veio com a família para o Brasil em 1929, morando inicialmente em São Paulo, e depois em várias cidades do interior do Paraná e de Santa Catarina. No ano de 1950 fixou residência em Curitiba e, a partir de então envolveu-se definitivamente com a arte, contribuindo de forma significativa para a ruptura que vinha se processando na arte paranaense com vista à modernidade.Os temas preferidos pela artista são retirados dos oito anos em que, morou em Paranaguá, tendo a Serra do Mar, as bananeiras e os pescadores ajudado a construir um repertório muito rico de experiências de observação. A esses registros de memória se somaram a simplicidade do cotidiano dos habitantes das pequenas cidades, com suas religiosidades e crendices, que estão presentes em várias fases do seu trabalho.
As cores usadas pela artista resultam de uma síntese fantástica da luz de um país tropical com os verdes e róseos trazidos da infância vivida na Polônia.
As obras mais recentes de Sofia Dyminski mantém o frescor dos trabalhos da juventude, além da marca muito forte da personalidade da artista, que sempre esteve presente em toda sua produção. Fonte Maria Cecília Araújo de Noronha