(...) Primordial no gesto, crítico social, poeta existencial, seu “leve desmunch” é mais um processo de registro dramático de estados emocionais, vivências assistidas, comemoradas, lembradas ou presenciadas em seus “frisos da vida” verticais ou horizontais. Adalice Araújo, em seu verbete no Dicionário de Artes Plásticas do Paraná, reconhecendo o valor da obra de Rony Bellinho, afirma: “Rony serve-se de uma figuração gestual de cunho neo-expressionista para liberar seus daimons íntimos. Seu trabalho vem de um substrato literário, o que explica as estruturas narrativas, embora frequentemente enigmáticas. A dramaticidade das imagens é, ao mesmo tempo, contemporânea e atemporal, (…) Signos e símbolos são termômetro de sua subjetividade. A cor age como expressão mágica capaz de revelar angústias e esperanças. “… de minha parte diria, com muito orgulho, que Rony Bellinho, para quem “as eliminações são mais nobres”, traduz, em seus gestuais minimalistas, “o mais humano”: elemento fundamental em tempos virtuais e mecanicistas. Texto Joice Gumiel Passos