Maria Anna Olga Luiza Bonomi (Meina, Itália 1935). Cenógrafa e figurinista. Realiza cenários e figurinos de destaque nos anos 1960, principalmente ao lado do diretor Antunes Filho, com quem realiza trabalhos em que cenografia e encenação interagem num amálgama artístico de primeira grandeza. Opta pela nacionalidade brasileira em 1953, formando-se em desenho na Universidade de Columbia, Nova York, em 1956, tornando-se artista plástica. Seu primeiro trabalho como cenógrafa é em As Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller, em 1960, para o Pequeno Teatro de Comédia. No ano seguinte, para essa mesma companhia, faz Sem Entrada e Sem Mais Nada, de Roberto Freire, ambos espetáculos de Antunes Filho, seu futuro marido. Em 1962, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), está em Yerma, de Federico García Lorca, outra encenação de Antunes, levando o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Teatro (APCT), de melhor figurino. Logo a seguir, faz A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, uma direção de Flávio Rangel para a casa. Para o Teatro da Esquina, empreendimento de Antunes e Ademar Guerra, Maria faz dois trabalhos de grande relevo: A Megera Domada, de William Shakespeare, em 1965, premiada com o Saci, Molière e APCT de melhor cenógrafa, e A Cozinha, de Arnold Wesker, 1968, em que ganha melhor cenografia pelo Prêmio Governador do Estado, ambos conduzidos por Antunes. Para o mesmo diretor, em 1967, cenografa Black-Out, de Frederick Knott, reproduzindo um autêntico apartamento nova-iorquino para ambientar a ação. Para o mesmo encenador cria, em 1970, os figurinos de Peer Gynt, de Henrik Ibsen, sendo novamente premiada. Em 1971, cria o apartamento do publicitário de Corpo a Corpo, de Oduvaldo Vianna Filho, sua última colaboração com Antunes Filho, de quem se separa em 1972. Com Ademar Guerra, no Paraná, faz dois trabalhos bem-sucedidos: A Colônia Cecília, de Renata Palottini, em 1984, e Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo, 1989, duas superproduções envolvendo elencos numerosos. Fonte: Itaú Cultural